quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Noida

Estou na casa do meu amigo Ashish em Noida. Uma cidade da grande Delhi.
Ontem comprei um celular pre-pago. Paguei o equivalente a 60 reais.
Andei pela regiao com o motorita do Ashish, pra tirar umas fotos. Tive a impressao de que o bairro quase inteiro era uma mistura de feira com favela, pastos, com centenas de vendedore e prestadores de servico espalhados pelas ruas oferecendo: cortes de cabelo, reparo de relogios, assistencia medica, lavagem de roupas, frutas, verduras, temperos, frituras, incensos, etc. As ruas como todos ja sabem era dividida entre carros nas duas maos, vacas, bufalos, rickshaws, Auto-rickshaws, bicicletas, motos, carrocas... Pessoas dormiam nas calcadas. O ar era feito de muita poluicao, xixi, incenso, cardamon, anis, suor, etc. As mulheres todas muito enfeitadas (mesmo as miseraveis) com seus saris colridos, brincos e colares. Os homens todos, apesar de sujos, tinham seus cabelos engomados, e calcas e camisas bem passadas. Todos me olhavam como se eu fosse de outro planeta. Alguns me olhavam feio quando eu apontava minha camera (principalmente mulheres), outros me pediam pra tirar fotos e gostavam de ver como tinha ficado depois. O motorista que me acompanhava a pe no meio das pessoas parecia ter medo de algumas mulheres e me orientava a nao tirar fotos delas. Ele sabia que elas falavam outra lingua so de olhar suas roupas!!??
Mas apesar de tudo isso, devo dizer que estava me sentindo bem no meio desse caos.
O indano eh essencialmente diferente dos ocidentais. Em muitas coisas. Nao sei definir bem ainda. Falam em um tom de voz mais alto, que aprece uma discussao, quando na verdade nao eh. Ficam mais proximos, fisicamente, da gente do que seria esperado, se intrometem em conversas alheias, nao respeitam muita fila, parecem alegres, a despeito da condicao miseravel, e mais coisas que ainda nao sei por em palavras.

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